sexta-feira, 25 de maio de 2012

Relatos da Primeira Depilação!




"Tenta sim. Vai ficar lindo..."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos m...e avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de "Calígula" com "O albergue".

Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo.
De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?
- .é... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma esp átula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo.
"Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra
quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la.
Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo: "Baixe a calcinha".... como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar?!... eu estava com
sede de vingança.
Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Mas eu ainda estou na luta...
Fica a minha singela homenagem para nós mulheres!



TEXTO DE VALERIA SEMERARO

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Fragmentos de Manuele

 


Momentos...
"Ele não estava com pressa, o que me surpreendeu completamente, ao contrário ele controlou e adotou um ritmo tão lento que era quase uma tortura, enquanto meu corpo despertava e ansiava sob seu toque habilidoso, deixando-me sem fôlego e perto de implorar nos seus braços.Tirou-me lentamente a pouca roupa que vestia, e explorou com dedos suaves e a boca faminta cada curva e reentrância do meu corpo, como se fosse um objeto de arte sem preço. Depois de alguns minutos desse delicado reconhecimento, tornei-me impaciente para fazer minha própria exploração. Queria senti-lo, quente e rijo e pesado em minhas mãos, queria saboreá-lo, acariciá-lo com minha língua em toda sua extensão, levá-lo ao ponto em que imploraria pelo alívio da tensão que eu podia sentir se construindo dentro dele como um vulcão prestes a entrar em erupção depois de anos adormecido.Compreendi que já não havia sentido para timidez...não agora, que estávamos nus, deitados numa cama com lençóis frescos, a porta trancada e as leves cortinas flutuando nas janelas, deixando entrar a brisa , que não reduzia o calor de nossos corpos que se retorciam com o crescente anseio de se unirem da maneira mais íntima possível.Quando a boca dele sugou-me um seio, depois o outro, senti as costas arquearem, erguendo-me a pélvis em direção a ele, para unir-se a ereção rija.Ele estendeu a mão e explorou-me intimamente com os dedos, acariciando-me, deslizando, mergulhando gentilmente até que não mais suportei e gritei com anseio de preenchimento.Meus nervos estavam em prontidão, quando ele se instalou entre minhas pernas...O corpo dele parece ter sido feito para o meu, cada deslizamento sensual me despertava os nervos de todo o corpo e se concentrava em meu úmido âmago, onde cada parte parecia ter se juntado num foco delicadamente afinado para o salto final para o paraíso.Pude sentir a tensão aumentar aos poucos; era como se estivesse subindo um precipício íngrime até finalmente a vista maravilhosa se descortinar. Fiquei lá por um momento, suspensa num mundo de maravilhas que até então desconhecia. Tudo que precisava agora era dar o passo final, e me deixar cair.Senti meu corpo convulsionando-se em pequeno terremotos junto ao dele.
Nunca senti corpo e alma tão perfeitamente ligados."


Por Eli Monteiro

Fragmentos de Manuele

"Nossos momentos são únicos, e deixam um sabor de quero mais, a pele dele tem cheiro de prazer, a precisão de seus toques... Tudo é maravilhoso.
Na semana passada foi SENSACIONAL, saimos para um de nossos passeios e acabamos nos estendendo até um lugar paradisíaco, tudo parecia tão mágico e os olhos dele deixavam claro sua vontade.
Havia alguma coisa preciosa, alguma coisa linda...meus dedos mergulharam em seus cabelos, puxando-o para perto mais de mim, ele me beijou profundamente bebendo-me, ergueu-me a cabeça e levantou-me o queixo de forma que fui obrigada a encontrar seu olhar e de alguma forma isso pareceu mais íntimo que o beijo.
Meu coração batia forte, o desejo percorria minhas veias, os sentidos em alerta e os pensamentos nublados, não havia nada que quisesse mais.
Ele me tomou pela mão, e em silêncio conduziu-me pelo corredor iluminado pelo luar, tudo era silêncio como se até as paredes sentisse a expectativa do momento.
No quarto ele parou diante da cama imensa com lençóis brancos e perfumados e virou-se para mim, seu olhar despiam meu corpo, fiquei inquieta sob seu olhar intenso.
Ele já me vira nua, mas, isso parecia muito mais que uma nudez fisica. Sentia como se meus sentidos, minha alma, meu eu completo estivesse sendo desnudado. Exposto. E o estranho é que eu não me importava, eu queria aquilo.
Lentamente ele estendeu a mão e puxou as alças do vestido de meu ombro. Com o mais leve movimento,o vestido escorregou, deixando-me completamente nua.
Senti meus pêlos arrepiarem, embora não estivesse com frio. Ele ainda me olhava e tentei não me cobrir.
-Você é linda!
Ouvi sua voz fez meu corpo estremecer.
Ele se debruçou sobre mim e pressionou os lábios nos meus, sua boca era úmida e sedenta, seu gosto misturava-se ao meu, fui tomada pelo desejo e, apesar de tentar manter o controle, meu corpo parecia entrar em combustão, quando ele descendo a mão pelas minhas costas, levando para junto dele e me fez sentir a prova rija e pulsante de seu desejo.
Ele deitou-me na cama e suas mãos exploraram meus seios, sua boca quente percorria meu corpo.
Por um momento fez uma pausa e acendeu o abajur.
-Quero ver cada centímetro do seu corpo meu amor.
Novamente bejou-me e suas mãos voltaram a explorar meu corpo agora ele não só sentia mas também visualizava meu desejo.
Nossas mãos unidas, foram se tranqüilizando mutuamente.
Um canal tenro estava exposto para ele, os músculos se retesaram prontamente em volta do dedo dele, que serrou os dentes de desejo ao pensar no que iria sentir o sexo ao ser envolvido pela mesma pressão que sentia agora ao redor do dedo.
Meu corpo estava a ponto de explodir, então um gemido saltou da minha garganta ao seu ouvido, agarreio com força e implorei por mais, senti minha cabeça cair no travesseiro e meu quadril se erguer para concretizar a promessa do prazer e ele não conseguiu mais esperar.
Ele mergulhou em mim.
Agarrei-me aos braços largos e musculosos e ele se arqueou, nossos corpos se ondularam como se fossem um só , seu peito rossava meus seios , senti seu toque em minha carne e não pude mais conter os gemidos de êxtase, chegamos a um clímax além de qualquer controle."

Manuele contava sua experiência com total intusiasmo e eu me divertia com tamanha alegria de viver um novo e quente amor."
Por Eli Monteiro

Fragmentos de Manuele

Desejos & Delirios
Manuele e eu conversavamos sobre nossos passados e pessoas que marcaram época.
Havia alguém que era um desafio para ela, era quase impossível não lembrar e acima de qualquer coisa não DESEJAR.
Era alguém que lhe instigava os instintos mais selvagens e primitivos.

"Após uma verdadeira aventura cheguei até sua casa, as escadas pareciam uma escalada direto ao paraíso;
Sentamos na sala, um de frente para o outro, ele não parava de me olhar e eu ardia em desejo. O fascínio cresceu entre nos , criando uma atmosfera proprícia e convidativa. Derrepente já não diziamos nada , só nos olhavamos e deixavamos acontecer dentro de nós a magia da descoberta.
Os olhos diziam tudo. Ele levantou-se e me conduziu até o quarto, aceitei excitada ao sentir o calor de seu toque. A mão dele levantou-se, tímida e tocou-me o cabelo, dobrei a cabeça e toquei com o lábio a mão que me acariciava. Ele segurou-me pelo queixo e lentamente aproximou seus lábios dos meus.
Senti o calor dele se aproximar mais e mais, e fui invadida por um desejo que ultrapassava meus limites de resistência.
Ele pousou seus lábios sobre os meus com suavidade, para, a seguir, se moverem com volúpia, num beijo eletrizante que contagiou nossos corpos, que se reclinaram na cama. Joguei a cabeça de encontro ao travesseiro e ofereci o pescoço e o vale vibrante de meus seios.
Com calma e sempre me beijando, ele tirou a minha blusa e sutian, expondo meus seios, suas mãos massagearam meus seios possessivamente, me contorci toda e tentava manter o minimo de controle ao desnudar seu corpo másculo e viril. um abraço frenético nos uniu, pele contra pele, nos causando um prazer indescritível.
Ele deitou-se sobre mim esfregando seu corpo contra o meu com se desejasse fundir nossas peles numa só.
Seus lábios não paravam de me brindar com as mais alucinantes carícias percorrendo minha pele incendiada de paixão.
Logo estavamos presos no frenesi doido do amor, impacientes pelo final, nossos quadris se movimentavam freneticamente , num movimento que crescia em intensidade. O delírio chegou estonteante, dissolvendo nossos corpos, saciando um desejo que parecia insaciável.
Ficamos abraçados por um tempo, senti o cheiro de sua pele suada e quente, sua respiração ofegante junto a meu ouvido e desejei eterninar aquela cena.
Por um momento o senti meu, senti amor e cumplicidade em nossos corpos."

Pessoas passam por nossas vidas diariamente algumas com mais ou menos intensidade, mas, algumas são como marcas, cicatrizes ou no caso, um espinho cravado na carne.


Por Eli monteiro

Fragmentos de Manuele

 
 
Despedida

"Aquela era uma noite de despedida, embora ele não soubesse disso.
Eu havia preparado o jantar, tomamos vinho e agora estavamos juntos no tapete da sala, iluminada apenas por algumas velas acessas e dispostas estrategicamente.
Naquela noite, eu desejava tudo a que tinha direito.
Ele se sentiu envolvido pelo clima que havia preparado, estreitei-me em seus braços, tão carinhosamente quanto podia, as mãos dele acariciavam minhas costas em movimentos suaves e agradáveis que me enchiam de arrepios, seu rosto estava colado no meu, suavemente depositou-me um beijo nos lábios, e mais outro e outro... os beijos tornaram-se ardentes e possessivos, beijou-me um ombro, depois o outro, no pescoço, próximo da nuca. Avançou seus lábios até a orelha, comecei a balançar a cabeça, esfregando meu rosto contra os lábios dele, senti minha alma beijada.
O cheiro da pele dele era único e inebriante.
Seus lábios agora eram impacientes e percorriam todo meu corpo, suas mãos buscavam meus pontos sensíveis, fazendo-me suspirar. Ora apertando-me os seios com suaves movimentos possessivos, ora deslizando pelo meu ventre e apossando-se de minhas coxas, ou simplesmente segurando-me pela nuca e apertando-me contra ele.
Quando ele começou a me despir, fiz o mesmo e nossas roupas cairam num farfalhar de tecido abafado pela música.
Um perfume excitante de pele máscula tomou conta de minhas narinas, embriagando-me.
Senti seu tronco nu apertando-se contra o meu, pele com pele, ardendo na mesma chama.
Ele tomou-me nos braços e levou-me até o quarto, depositando-me na cama, acariciando... beijando...
Senti-me nas nuvens, com o coração aos saltos e a face ardendo.Aqueles lábios incansáveis tocavam-me a pele como ferro em brasa, sentia-me num emaranhado de emoções novas e vibrantes, quase me alucinando.
Minhas mãos buscaram o corpo dele sem pudor, estava disposta a gozá-lo pela última vez, senti vontade de gravar cada detalhe daquele homem que amava, meus dedos sentiram a forma e o contorno de seu corpo, nada restou que não fosse explorado e tocado por meus lábios e mãos.
Ele acomodou seu corpo sobre o meu, aceitei.
Ele iniciou o curto caminho da paixão, abraçando-me, introduziu sua língua por entre os meus lábios, fazendo-me alucinar. Senti uma confusão de sensações agitar-se em meu ventre, como se gelo e fogo se fundissem numa só sensação que fazia contorcer-me, presa de indiscritível emoção.
Os movimentos dele se apressaram, meu corpo todo se agitou em convulsões de prazer, senti-me nascer e morrer, quando aquela confusão de sensualidade explodiu dentro de mim, de forma insuportável, dando-me prazer e tristeza ao mesmo tempo.
O sabor de despedida foi intenso, machucando meus lábios, que se uniam ainda aos dele, num derradeiro beijo.
Descansamos nossos corpos lado a lado, sem palavras."


Por Eli Monteiro

Fragmentos de Manuele

 
Reencontro

Dentro de mim doía a emoção do reencontro, fervia o sangue no desejo que me consumia.
Paramos junto à cama, ele estendeu os braços, prendendo-me, senti-me infinitamente mulher, enquanto ele acariciava minhas costas e beijava meus lábios com suavidade.
Seus lábios percorriam meus ombros, espalhando fagulhas de prazer, suas mãos tocavam pontos sensíveis, fazendo-me delirar, retribui o gesto e o libertei de suas roupas.
Ele me empurrou carinhosamente na direção do leito, nos livramos das ultimas peças de roupa e pude ver novamente seu corpo nu junto ao meu.
Ele concentrou seus beijos e caricias em meus seios, eram movimentos calmos e hábeis, que fizem minha face arder e um tremor delicioso abalar meu corpo.
Nossos corpos se esfregavam com luxúria, deixando-me trêmula de paixão, um conjunto inesperado e incontrolável de emoções me dominou.
Tudo parecia girar, mas eu sentia cada minima sensação, cada vibração interior do meu corpo.
Com lábios e lingua ele me brindou com prodigios de excitação, suas mãos percorreram meu corpo possessiva e ardentemente, alternando toques sutis em meus seios e carícias íntimas alucinantes.
Cada toque e cada movimento daqueles dedos eram com brasas fazendo minha pele arder e transpirar, espasmos repetidos agitaram meu corpo, nossa respiração foi se tornando mais dificil , e nossos corpos atingiram um estado de excitação insuportavél, cravei minhas unhas na pele dele, mordendo-o em um momento de total empolgação.
Senti que meu corpo não mais me pertencia.
Por favor! supliquei, vencida pelo desejo que dominava meu corpo.
Ele então acomodou seu corpo sobre o meu, senti um roçar cuidadoso e sensível de carnes, um vulcão entrava em ebolição dentro de mim, sensações mais profundas provavam que o prazer era real, os movimentos cadenciados dele pareciam conduzir-me a um estado de transe, fazendo despertar dentro de mim sensações e emoções intensas e prazerosas.
Mais e mais os movimentos foram se apressando.
Dentro de mim senti algo crescer sem medidas, até um ponto que explodi.
Ele abraçou-me com força e seus movimentos foram cessando repentinamente, vibrando com êxtase.
Vibrei com o prazer fluindo em ondas continuas e crescentes, até explodirem numa onda maior e deliciosa que foi diluíndo lentamente..
Depois nossos corpos foram se acalmando, ele se aquietou, ofegante.
Eu fiquei de olhos fechados, apenas sentindo e desejando prolongar cada segundo.
O peso do corpo dele sobre o meu, a pele quente e úmida de suor, a respiração que pouco a pouco voltava a normalidade, tudo provocava prazer adicional.
Acordei mais cedo só para ver MEU homem novamente ocupando minha cama."

Por Eli Monteiro

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Fragmentos de Manuele

 
 
Sentidos...


Manuele sentia-se só, após um dia de trabalho.

Estendida no sofá tomava um refrigerante gelado. Seus pensamentos estavam longe.

Levantou-se preguiçosamente e foi para seu quarto.

Despiu-se com gestos lentos, atirando sua roupa sobre a cama com displicência

Passou, em seguida para o banheiro.

A água morna deslizou pelo seu corpo, imitando caricias envolventes...

Seus pensamentos estavam "nele", aquele homem tirava-lhe toda e qualquer lucidez.

Tornou a realidade ao ouvir o som da campainha, vestiu-se rapidamente e foi atender.

Quando abriu a porta ele estava apoiado ao batente, com ar cansado.

Ele olhava para Manuele com um misto de ternura e desejo, ele roçou seus lábios pelos cabelos dela, Manuele introduziu sua mão pela camisa do seu homem, acariciando-lhe o tórax, subitamente ele a beijou com violência, ela não opôs resistência, deixou-se beijar pois conhecia os desejos dele.

Manuele se entregava ao jogo sem procurar justificativas.

Seus lábios novamente voltaram a pousar sobre os dela, desta vez com calma, com suavidade.

Uma caricia mais intima a fez se contorcer deliciada.
Retribuindo, os seus dedos se tornaram mais ousados.

Manuele sentiu seu ventre se agitar, abalado por sensações indefiníveis, sua cabeça girava. Sua respiração agora era ofegante, deixando-a num estado insustentável de tensão erótica, o ar parecia não encher seus pulmões, seus dedos enlaçaram possessivos o objeto de seus desejos.

Nada restou inexplorado, quando seus corpos chegaram ao momento supremo contorcendo-se, entre suspiros e gemidos, num desejo louco de satisfação.

Movimentos febris de ambos os corpos foram se apressando, até um ritmo alucinante. Gemendo e mordendo-se, ambos chegaram ao clímax, violento e arrebatador. Seus corpos se imobilizaram, gozando os últimos espasmos da satisfação plana, até se aquietarem numa sonolência gostosa e calma.



Por Eli Monteiro