segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Fragmentos de Manuele

 


Momentos...
"Ele não estava com pressa, o que me surpreendeu completamente, ao contrário ele controlou e adotou um ritmo tão lento que era quase uma tortura, enquanto meu corpo despertava e ansiava sob seu toque habilidoso, deixando-me sem fôlego e perto de implorar nos seus braços.Tirou-me lentamente a pouca roupa que vestia, e explorou com dedos suaves e a boca faminta cada curva e reentrância do meu corpo, como se fosse um objeto de arte sem preço. Depois de alguns minutos desse delicado reconhecimento, tornei-me impaciente para fazer minha própria exploração. Queria senti-lo, quente e rijo e pesado em minhas mãos, queria saboreá-lo, acariciá-lo com minha língua em toda sua extensão, levá-lo ao ponto em que imploraria pelo alívio da tensão que eu podia sentir se construindo dentro dele como um vulcão prestes a entrar em erupção depois de anos adormecido.Compreendi que já não havia sentido para timidez...não agora, que estávamos nus, deitados numa cama com lençóis frescos, a porta trancada e as leves cortinas flutuando nas janelas, deixando entrar a brisa , que não reduzia o calor de nossos corpos que se retorciam com o crescente anseio de se unirem da maneira mais íntima possível.Quando a boca dele sugou-me um seio, depois o outro, senti as costas arquearem, erguendo-me a pélvis em direção a ele, para unir-se a ereção rija.Ele estendeu a mão e explorou-me intimamente com os dedos, acariciando-me, deslizando, mergulhando gentilmente até que não mais suportei e gritei com anseio de preenchimento.Meus nervos estavam em prontidão, quando ele se instalou entre minhas pernas...O corpo dele parece ter sido feito para o meu, cada deslizamento sensual me despertava os nervos de todo o corpo e se concentrava em meu úmido âmago, onde cada parte parecia ter se juntado num foco delicadamente afinado para o salto final para o paraíso.Pude sentir a tensão aumentar aos poucos; era como se estivesse subindo um precipício íngrime até finalmente a vista maravilhosa se descortinar. Fiquei lá por um momento, suspensa num mundo de maravilhas que até então desconhecia. Tudo que precisava agora era dar o passo final, e me deixar cair.Senti meu corpo convulsionando-se em pequeno terremotos junto ao dele.
Nunca senti corpo e alma tão perfeitamente ligados."


Por Eli Monteiro

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