quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Fragmentos de Manuele

 
 
Sentidos...


Manuele sentia-se só, após um dia de trabalho.

Estendida no sofá tomava um refrigerante gelado. Seus pensamentos estavam longe.

Levantou-se preguiçosamente e foi para seu quarto.

Despiu-se com gestos lentos, atirando sua roupa sobre a cama com displicência

Passou, em seguida para o banheiro.

A água morna deslizou pelo seu corpo, imitando caricias envolventes...

Seus pensamentos estavam "nele", aquele homem tirava-lhe toda e qualquer lucidez.

Tornou a realidade ao ouvir o som da campainha, vestiu-se rapidamente e foi atender.

Quando abriu a porta ele estava apoiado ao batente, com ar cansado.

Ele olhava para Manuele com um misto de ternura e desejo, ele roçou seus lábios pelos cabelos dela, Manuele introduziu sua mão pela camisa do seu homem, acariciando-lhe o tórax, subitamente ele a beijou com violência, ela não opôs resistência, deixou-se beijar pois conhecia os desejos dele.

Manuele se entregava ao jogo sem procurar justificativas.

Seus lábios novamente voltaram a pousar sobre os dela, desta vez com calma, com suavidade.

Uma caricia mais intima a fez se contorcer deliciada.
Retribuindo, os seus dedos se tornaram mais ousados.

Manuele sentiu seu ventre se agitar, abalado por sensações indefiníveis, sua cabeça girava. Sua respiração agora era ofegante, deixando-a num estado insustentável de tensão erótica, o ar parecia não encher seus pulmões, seus dedos enlaçaram possessivos o objeto de seus desejos.

Nada restou inexplorado, quando seus corpos chegaram ao momento supremo contorcendo-se, entre suspiros e gemidos, num desejo louco de satisfação.

Movimentos febris de ambos os corpos foram se apressando, até um ritmo alucinante. Gemendo e mordendo-se, ambos chegaram ao clímax, violento e arrebatador. Seus corpos se imobilizaram, gozando os últimos espasmos da satisfação plana, até se aquietarem numa sonolência gostosa e calma.



Por Eli Monteiro

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